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Antes de existir blogs, quando havia concurso de redação escolar, eu já escrevia. A curiosidade me levou aos 20 anos a ser repórter em uma editora de revistas e quando vi era jornalista. Portas foram abrindo e, além de centenas de reportagens contando fatos e histórias de anônimos e celebridades, escrevi um espetáculo para teatro, fui autora de pequenos seriados para a TV, argumento para um filme, três livros e, quando chegou o blog, descobri que podia ser contadora da minha própria história e o que tivesse no entorno. Escrevo por que é vital, é como respirar.
Nos conhecemos em um cenário bem diferente do que Vila de Santo André. Era janeiro de 1985 quando me recebeu em sua casa na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro) para uma entrevista com seu marido Roberto Medina, contando com a presença dos filhos Jomar Jr, Rodolfo e Roberta. A reportagem foi capa do Segundo Caderno do jornal O Globo, edição de domingo, estávamos em pleno Rock in Rio!
Maria Alice Couto Fernandes, ou Maria Alice Medina, mais de 1m70 de altura, o máximo de elegância em bem receber em todos os cenários que nos reencontramos desde então. E não foram poucos. Do estilo roqueira chic à dona de casa, ela não deixava de ser notada. Eu a via num grupo de meditação ao nascer do dia no período em que o marido esteve sequestrado, como também estudando para o vestibular na faculdade de fisioterapia, acompanhando o marido em viagens ao exterior para contratação de artistas para outras edições do Rock in Rio, se preparando para fazer o caminho de Santiago, e em várias áreas VIPs do festival ao longo de todos esses anos. Uma amizade que não precisa ter presença constante, mas a certeza de que do outro lado tem alguém que lhe quer bem e conhece sua história.
Em 2002 me acompanhou até Santo André numa visita à casa do meu irmão que falecera meses antes. Foram poucos e intensos dias. Há 7 anos morando em Lisboa, vindo ao Brasil algumas vezes para visitar a família e amigos. Desta vez me deu o privilégio de passar uns dias em minha casa. Chegou um dia antes da Festa de Iemanjá, trazendo como recomendação terapêutica tomar sol, banho de mar e pé na areia. Foi o que encontrou, além de boas conversas e atendimento com ótimos profissionais de bem-estar que lhe cobriram de cuidados. Dias encantados…
Tive tempo de saber dos seus passos em Portugal, sua realização como autora do livro “Do Rock a Compostela” lançado em 2019, onde conta a sua trajetória como mulher e mãe até se tornar peregrina na primeira passagem pelo Caminho de Santiago em 1999. Já fez o trajeto 14 vezes, sendo três saindo da França e as outras de Portugal. E não bastando ainda foi estudar na Universidade de Santiago da Compostela. O livro tem um texto primoroso, pessoal, interessantíssimo, profundo e com fotos belíssimas de sua autoria. Uma peça de edição sofisticada, um livro de mesa, cujo conteúdo bem que mereceria uma edição básica para atingir um público ainda maior.
Falamos também sobre seu envolvimento com projetos sociais em Portugal como Embaixadora da Plataforma do Agora, criada por uma portuguesa residente na Islândia que dá voz aos trabalhos sociais em mais de 60 países via rádio e outros meios de comunicação; diretora e fundadora de Zencancer e diretora de acontecimentos do Instituto Rope, instituição que realiza ações com portadores de doenças terminais. Na área literária, marca presença como membro da Academia Peregrina de Letras, cadeira 21, em São Paulo; participante da Academia Europeia de Escritores da Língua Portuguesa, Embaixadora do Instituto IMLUS, instituição do mundo da língua lusófona e Sócia Fundadora do MIMA – Museu Internacional da Mulher da Língua Lusófona.
Maria Alice não para. Com esse volume de conhecimento se tornou palestrante para peregrinos, mulheres 50+ e também no mundo corporativo onde fala sobre a capacidade de se reinventar. Ainda encontra tempo para ser mãe de três, avó de oito e cultivadora de amigos. Como consta no subtítulo do livro, “às vezes se ganhas às vezes se aprende”, e neste verão creio que percebeu que por aqui sempre sairá ganhando e aprendendo..
Esperamos um breve retorno!
As fotos da festa de Iemanjá são de Maria Alice…. as demais são dos amigos